30.9.09

Fascínios

Conhecemo-nos há uns anos.
Não foi nada instantaneo o que temos. Foi construido a "duras penas". Só faltava matarmo-nos quando nos víamos. Implicavamos por tudo e mais alguma coisa. Naquela fase idiota de não ceder nem um milímetro.
Tu eras o menino do colégio inglês com a mania que tinhas uma banda, que eras giro e que marcavas presença.
Eu era a menina do liceu de s.joão, com a mania que era rebelde, que fazia teatro, que tinha ensaios e que era alternativa.
Conhecidos como o Tom&Jerry, já que tanto corrias tu atrás de mim, como eu atrás de ti, fomos sempre gozados por todos em volta.
Embirravamos tanto um com o outro que chegou a uma altura em que nos tornamos indispensáveis na vida um do outro. Já não conseguiamos ir sair 6ªs e sábados sem que soubessemos que o outro estaria presente e aquela "raiva" foi-se desvanecendo.
Nessa altura inverteram-se os papeis: eu passei a menina responsável, ponderada e concentrada, estudante da Universidade e tu ao menino eufórico, a querer viver uma vida sem regras e sem objectivos. Ainda foste uns tempos para Londres, fingir que que estudavas e, coincidência das coincidências... conheceste o Gonçalo que lá estava em estudos e por inerência o Duarte, primo que insistia em mudar-se para lá semanas e semanas seguidas.

Com isto começamos a ter grupo comum e as vezes que vinhas cá, ficavas em casa de um e de outro.
Nasce nessa altura o Fascínio. Neste preciso momento e provado ontem, tu fascinas-me e eu fascino-te porque somos o preto e o branco.
Adoro a forma como vives, as histórias que tens e o que te dedicas ao que fazes. Adoro que fotografes a NY fashionweek e agora vás para Tóquio fotografar para um livro sobre arquitectura. Gosto que tenhas passado pela Argentina, pelo Tibete e pela Indonésia, por exemplo, sempre de máquina na mão, umas vezes instalado nos melhores hoteis e outras por conta própria a dormir em tendas ou debaixo das árvores.
Eu fascino-te nem sei bem porquê... porque me consigo manter genuina segundo dizes e ainda não entendo... Mas é só isso. As tuas mãos e a tua voz pausada...
Ontem descobri o porquê do meu "não" categórico há 7 anos atrás...

4 comments:

M. said...

Um "Não" que todos agradecemos!
Obrigado pela tua parte do jantar que estava óptimo e pela sobremesa que não durou nem 10m.
6ª repetimos a dose cá em casa, já sem estrangeiros.

Bu said...

Não gostava nada dele, mas é boa onda e acabamos amigos.
O teu fascínio é pela fotografia, por aquilo que ele vive e tu também gostarias de viver.
És genuína. Apesar de estares diferente e ainda bem, tens um "q" de pureza.
O jantar estava óptimo, podes continuar a cozinhar. Com raiva sai-te lindamente!

XXXX's

Ritiiii said...

Tu rebelde???
É gozo, só pode!
Rebelede sou eu que pinto o cabelo de imensas cores e mudava de 15 em 15 dias ou sempre que me chateava com os meus pais. Que tive 6 piercings e tenho 5 tatuagens!
Tu?
Tu nunca pintaste o cabelo, não tens piercings, nem tatuagens. Máximo...vá..andaste com uns guizos nos pés, cabelo enorme, calças largas... Mas rebelde?
Ainda bem que disseste que não. Se tivesses dito que sim nãoe stavas aqui comnosco!

Manel said...

Pois é, pá. Tu rebelde é só de espírito e naquelas coisas de não aceitares tudo sem questionar e assim, mas rebelde de aspecto, zero.
Sempre foste toda menina.
Que tal o primeiro dia?