15.11.12

Desassossego I

«Vive a tua vida. Não sejas vivido por ela. Na verdade e no erro,no gozo e no mal-estar, sê o teu próprio ser. Só poderás fazer isso sonhando, porque a tua vida real, a tua vida humana é aquela que não é tua, mas dos outros. Assim, substituirás o sonho à vida e cuidarás apenas em que sonhes com perfeição. Em todos os teus actos da vida real, desde o de nascer até ao de morrer, tu não ages: és agido; tu não vives: és vivido apenas.


Torna-te, para os outros, uma esfinge absurda. Fecha-te, mas sem bater com a porta, na tua torre de marfim. E a tua torre de marfim és tu próprio.

E se alguém te disser que isto é falso e absurdo não o acredites. Mas não acredites também no que te digo, porque se não deve acreditar em nada.»



FP - Livro do desassossego!

13.11.12

PUM

A minha cabeça está a explodir...

Se fizer pum e sujar imensas coisas é tudo normal...

"Temos pena"... estou a atingir o ponto de saturação e do "Basta"... era isto!

7.11.12

Enamoramento

Fascinas-me tanto que se soubesses como isso me alimenta não te ías embora.

Fascina-me a forma como te expões e argumentas... a colocação das frases e a tónica certa em cada palavra.

Os momentos das pausas e os tempos próprios para respirar, rir, gargalhar ou simplesmente ganhar impulso para outra ideia, outra lembrança.

Fascina-me como me perco nas tuas mãos e nos teus gestos. O pôr os óculos e o pousar em cima da mesa... Os trajeitos de cabeça e o teu olhar sempre atento, sempre curioso, sempre em busca de algo mais para criar...

Fascina-me a tua criatividade, as tuas ideias e tudo o que às vezes te decorre de uma palavra.

Fascinam-me desmesuradamente as tuas histórias... a tua vida. Cada bocadinho do que por ti foi vivido.

Estou (sou) enamorada de ti... muito mais do que paixão, vivo num estado de enamoramento que começou... e não acabou naquele abraço em Sta. Apolónia num dia em que casaram principes e em que apesar das ameaças a chuva só caiu (e como caiu!) quando o comboio desapareceu da estação...

Este novo abraço não serviu para compensar aquilo que foi um ano, seis meses, cinco dias e 23 horas e 47 minutos em que te demoraste...quem é que esteve a contar?

E não me interessa minimamente se o motivo que te faz ir embora outra vez é amor, trabalho, objectivos por realizar, ou tudo ao mesmo tempo...

Interessa que vais e que eu já fiquei sem ti tempo bastante.