27.9.06

Mãe'zinha!



Hoje a Mãe faz anos!
Nunca foi um dia qualquer. Nunca o permitiria... a vida é contada em anos e por isso devem ser festejados!
E assim é... há já uns anos que acordamos os dois muito cedo e corremos para a cama dela com presentes e cartões, a cantar os Parabéns e a vê-la contente a desembrulhar tudo, meio ensonada. Vingamo-nos da cena que nos faz (exactamente igual a esta) quando é o nosso dia de anos.

Hoje fi-la sozinha... o meu irmão ainda em aviões, para chegar de surpresa neste dia! Desejava que chegasse rápido para que o dia fosse completo. E ele chegou... mais falador e mais loiro se possível for. A mãe estava nas aulas e só quando chegou a casa é que o viu. E Pronto! Conseguimos fazer surpresa apesar da mãe ter dito que acreditou sempre que ele viria depois de 4 meses para passar o dia, mas confessou que hoje estava a perder a esperança!

A mãe recebeu cartões, beijinhos, telefonemas, abraços e discursos de todos os amigos... Diz que não sabe porquê, mas eu sei: A minha Mãe é a MAIOR!!!

23.9.06

Começar Outonos!




Balanço em Balanços e neste balanço bom de balançar contigo... Começou como diz a Ana "o meu outono"!
Começo sempre o Outono contigo, com um espectáculo, um momento, marcas sempre os meus incios de Outono... Dizem que é uma época de repensar, de recomeçar e a verdade é que estes recomeços são melhores contigo, saber-te ali... Com a guitarra na mão, acompanhada ou sozinha, enches-me pela cumplicidade, nossa... tu no palco e "nós" ali espalhados.
A verdade é que nos "Palmarins" ou nos "camarotes", com o Más aos pulos e as caras conhecidas de tanta estrada feita, depois dos Parabéns dados e das novidades contadas em 5m, fico sempre cheia e este concerto, por ser "diferente" teve direito a mais um "autófrago"!
Não sabia as saudades que tinha de tudo isto até o ter vivido ontem outra vez... Obrigada! "Sabe sempre TÃO bem voltar-te a ver" ;)
Começa alegre o "meu" Outono! =)

18.9.06

B.




“Não, não!”- dizia ele enquanto apagava o cigarro. Olhava para mim com aqueles olhos que vão até à alma. “Houve aquela vez em que tentei mesmo entrar, mas não consegui. Tinha ataques de riso à porta e desistia sempre. Acho que era mais nervoso miudinho do que vontade de rir, até porque a situação não tinha piada nenhuma. Sempre que isto me acontece lembro-me de ti. Lembras-te no baptizado da Leonor quando o meu primo João estava a cantar no coro e caiu do banco? Ficou estatelado no chão e só se viam os pés dele no ar a abanar! Tiveste o maior ataque de riso que vi até hoje. Não paravas de rir e escondias a cara no meu colo, no meu ombro… Não teve assim tanta graça, mas tu não conseguias parar. Acho que era porque estavas num sítio em que não te podias rir alto.”
Enquanto isso eu ria-me, ria-me e ele comigo… “é o mesmo…”-continuava ele-“ Só porque me confundiram com um mendigo porque adormeci à porta, depois de uma noitada enquanto esperava pelo Mark, nunca mais consegui não me rir sempre que lá vou…” Reparei nas mãos dele… tantas vezes as agarrei e outras tantas as afastei de mim. São grandes com dedos de guitarrista. Apanhou-me a olhar. Apanha-me sempre a olhar para as mãos dele, sou viciada …corei… “Estou na mesma não estou?”-perguntou com voz de súplica, como se por acaso lhe dissesse que não, apagasse tudo pelo que lutou para se manter genuíno. Isso sei que tanto lhe custou. “Gostava de saber que apesar de tudo, de nós, ainda me vês como me vias no início”… Claro que não! Estás muito mais adulto, com mais histórias, estamos muito mais distantes… “Claro que sim! É só por isso que é tão bom estar contigo assim!”… Pensando bem, não é totalmente mentira.... pensado bem ele continua a ser genuíno em tantas coisas... Pelo menos no que me dá...
Sabe-me sempre, sempre a casa!

9.9.06

Let's do it?

Birds do it, bees do it
even educated fleas do it
let's do it, let's fall in love

in spain, the best upper sets do it
lithuanians and letts do it
let's do it, let's fall in love

the dutch in old amsterdam do it
not to mention the finns
folks in siam do it
think of siamese twins
some argentines, without means, do it
people say, in boston, even beans do it

let's do it, let's fall in love

romantic sponges, they say, do it
oysters, down in oyster bay, do it
let's do it, let's fall in love

cold cape cod clams,
against their wish, do it
even lazy jellyfish do it
let's do it, let's fall in love

electric eels, i might add, do it
though it shocks 'em, i know.
why ask if shad do itwaiter,
bring me shad roe. in shallow shoals,
english soles do itgoldfish,
in the privacy of bowls, do it
let's do it, let's fall in love

The dragonflies in the reefs do it
Sentimental centopies do it
Let’s do it, let’s fall in love
Mosquitos heaven forbids do it
Soon will educated bean do it
Let’s do it,let’s fall in love

The rostenfiend lady likes to it
When the gentleman goes
Lost in your arms, do it
What’s the use of not go

The gosentries do it
Bees do it, even educated flees do it
Let’s do it, let’s fall in love
Let’s do it, let’s fall in love

4.9.06

O rio da minha aldeia!

"O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o tejo não mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o tejo não é o rio que corre pela minha aldeia,
O Tejo tem grande navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.

O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele."

(Fernando Pessoa)