16.8.15

Meio caminho

Estou no aeroporto de Frankfurt à espera do embarque para o Dubai. 
Claro que os dias em casa não me chegaram nem para 1/3 de tudo o que queria fazer e para ver quem queria. 
Não parei um segundo e ainda assim não fiz quase nada do que me tinha proposto.

Era expectável que as despedidas custassem cada vez menos com a prática. Depois deste tempo a viver longe, com tanta ida para o aeroporto e tanto "até já", eu esperava que o meu cérebro não processasse a verdade que dói: que o "até já", na grande maioria dos casos é até para o ano...

Criticamos demais o nosso país... Entre hábitos, política e crise, criamos uma barreira que nos impede de ver o que tem de maravilhoso e fantástico. Precisamos de facto de sair para sentir saudades do cheiro, do vento e da comida... Daqueles que nos fazem falta todos os dias e do prazer de ir comer uma arrofada como dizia a V no outro dia. 

Eu tenho saudades de casa todos os dias. Saí por opção e não tenho data de regresso. Espero-a breve a ver se acabo de vez com os "até já" que "até já chateiam"!

4.8.15

48h

Daqui a 48h espero estar aterrada em Lisboa e a caminho do Santini.

Vou de férias... 10 dias, mas preciso destes 10 dias em casa.

Preciso de sair deste calor, deste pó e desta vida. Preciso de respirar e de estar com os meus.

Haverá certamente opiniões bem diferentes da minha relativamente ao Médio Oriente e em concreto ao Dubai. Para mim o Dubai é confortável. Do essencial não me falta nada e em alguns aspectos a qualidade de serviços e de assistência é melhor do que em Portugal. A verdade é que é só isso. Um meio para atingir um fim. A oportunidade profissional, claro que a questão económica e nada mais.

O Dubai nunca vai ser casa porque não me identifico com esta vida, com esta construção nem com estas pessoas.

Não gosto do consumismo, da falta de educação, da falta de civismo, dos ares superiores e da futilidade.

Fascina-me a diferença cultural e o facto de aqui sermos todos expatriados... ninguém (quase ninguém) é emirati e a nacionalidade não se adquire independentemente do número de anos que aqui se viva ou se cá se tiver nascido...

Haverá certamente quem pense de maneira diferente, mas com aqueles que tenho falado, todos me dizem que querem voltar para casa e que se pudessem, voltavam já amanhã.

Por enquanto não posso voltar para casa definitivamente, mas "ir" a casa "já amanhã", é para mim benção suficiente.

25.5.15

Entretanto...

Entretanto fiz anos.

Ao contrário de todos os outros anos que fiz e que passei entre 3 dias de almoços, jantares, pequenos almoços e piqueniques, este ano foi só um dia, o meu.

Praia. Almoço. O A. a M e a M. Só.

Foi um dia diferente, mas bom. Em bom.

Vai ser um óptimo ano.

Comecei-o assim:


31.3.15

2

Há um ano foi assim... 


O tempo escapa-se por entre os dedos. Tudo o que já cresceste, tudo o que já sabes...

Este ano não consigo estar perto, estar contigo. Custa-me esta ausência apesar de te saber bem todos os dias.

Sabes meu querido... Eu sei-te feliz! És tão feliz que às vezes me comovo com a forma como dás gargalhadas com a vida e com tudo o que tem dado. Este ano trouxe-te o teu "nano" a quem dás beijinhos apesar de ainda não saberes muito bem como te caiu lá em casa! ;)

Principezinho... Que a tua vida seja sempre esta imensa aventura e que a leves sempre como tão bem sabes, na ponta dos dedos numa brincadeira, num desafio com esse génio só teu.

Obrigada pelos teus/nossos momentos!


Beijos da tia-madrinha Jana (Mikitas ainda é muito difícil querido Besnico)

18.3.15

16


Este post vem atrasado quase um mês. Atrasado aqui, porque no blog próprio, foi escrito a tempo!

Todos temos, pelo menos quero acreditar que sim, amigos verdadeiros. Aqueles amigos que temos a certeza absoluta que se o mundo inteiro nos falhar, aqueles estarão sempre. Eu felizmente tenho vários.

Esses amigos chegaram-me de várias maneiras... desde sempre, por afinidades, por causa da escola, da faculdade, de forma espontânea...

Estas 3 não. A diferença desta amizade para todas as outras é que nos sentámos a uma mesa, sem nos conhecermos assim tão bem e jurámos que íamos ser amigas para sempre.

Este foi o meu primeiro casamento. Como qualquer relação a nossa tem momentos extraordinários e outros menos extraordinários. Tem críticas e tem elogios. Tem sobretudo honestidade e verdade. E presença, diária...em todos os momentos.

As minhas Magníficas são das melhores promessas que fiz na vida. Venham muito mais do que 16 anos de amizade desta... Venham mais mil!

14.3.15



Esta foi a nossa árvore de Natal. Imaginação do A e execução também dele.
Começou assim a minha mudança para o Dubai. Cheguei dia 23 de Dezembro para a (nossa) nova vida.

A vantagem de ter um blog sem tema e que quase ninguém segue é que posso atrasar-me, ser preguiçosa e não escrever nada. No fundo é um registo muito meu.

Já comecei a trabalhar. É óptimo.

O tempo aqui está como o Verão Europeu. Maravilha! (Ao que parece daqui a uns 2 meses passa a um inferno de calor, por isso vou aproveitar agora).

Finalmente estamos os dois, sem bigorna na cabeça a contar os dias que ainda temos antes de um de nós ir embora.

Estamos nós. Sem tempos.


31.1.15

9 meses de Madrid


Aqui estão os meus 9 meses em Madrid... Por ordem cronológica a acabar em "modo cigano".

Foram intensos. Aconteceu muita coisa, conheci muitas pessoas, (re) conheci outras tantas... 

O meu "padrinho" perguntou-me ao final deste tempo se eu estava preparada para o parto. 

Estava e estou a gostar muito e tanto desta nova vida.

Novamente o Médio Oriente. Novamente o calor. Novamente tudo diferente.

Outro post, outras histórias!