"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é "...
(Fernado Pessoa)
26.10.12
25.10.12
resumo
Um dia exagero tudo e ganho espaço para enfiar tudo o que não tenho...
Perder-me por aí e não pensar que falhei. Ou que ganhei... No fundo a confusão do que não tenho também não se sobrepõe ao que tenho.
Passou-se tempo... desinfectaram-se feridas... Não estão curadas, mas não mais infectadas e não ando envenenada.
Ía matando uma Barbie... sou humana... o gin não ajudou.
Ouvi quando a Nina cantou "My lover just cares for me" e pensei "onde é que ele está?" e ri-me... estás?
Fiz uma tarte de limão merengada que não provei porque não sou fã de doces, mas que desapareceu numa noite.
E descalcei-me na relva do jardim quando estava molhada. E pus os pés na piscina, até aos joelhos enquanto verbalizava palavrões por causa do frio que estava.
Mas acordou-me. E os meus olhos nunca estiveram fechados.
Perder-me por aí e não pensar que falhei. Ou que ganhei... No fundo a confusão do que não tenho também não se sobrepõe ao que tenho.
Passou-se tempo... desinfectaram-se feridas... Não estão curadas, mas não mais infectadas e não ando envenenada.
Ía matando uma Barbie... sou humana... o gin não ajudou.
Ouvi quando a Nina cantou "My lover just cares for me" e pensei "onde é que ele está?" e ri-me... estás?
Fiz uma tarte de limão merengada que não provei porque não sou fã de doces, mas que desapareceu numa noite.
E descalcei-me na relva do jardim quando estava molhada. E pus os pés na piscina, até aos joelhos enquanto verbalizava palavrões por causa do frio que estava.
Mas acordou-me. E os meus olhos nunca estiveram fechados.
19.10.12
Estou a antecipar:
- o cheiro da terra molhada no jardim;
- a minha poltrona amarela;
- as minhas meias às riscas;
- o meu gin tónico (os meus);
- o Keith;
- o Miles;
- o Coltrane;
- a Nina;
- a Ella;
- o Tom;
- a Elis;
- o Chico;
- algumas asneiras em tons de desabafo;
- discussões políticas, económicas, artisticas;
- partilha de vida, romances, trabalho;
- algumas lágrimas;
- algumas gargalhadas;
- abraços;
- mimos...
18.10.12
Ler!
"Para entreter curiosidades, o velho Alfredo oferecia livros ao menino e convencia-o de que ler seria fundamental para a saúde. Ensinava-lhe que era uma pena a falta de leitura não se converter numa doença, algo como um mal que pusesse os preguiçosos a morrer. Imaginava que um não leitor ia ao médico e o médico o observava e dizia: você tem o colestrol a matá-lo, se continuar assim não se salva. E o médico perguntava: tem abusado dos fritos, dos ovos, você tem lido o suficiente. O paciente respondia: não, senhor doutor, há quase um ano que não leio um livro, não gosto muito e dá-me preguiça. Então o médico acrescentava: ah, fique pois sabendo que você ou lê urgentemente um bom romance, ou então vemo-nos no seu funeral dentro de poucas semanas. O caixão fechava-se como um livro."
Valter Hugo Mãe ( "O filho de mil homens")
BINGO!!!!!!!
Valter Hugo Mãe ( "O filho de mil homens")
BINGO!!!!!!!
8.10.12
Saudades
O que as saudades fazem ao que era amor...
Trocam os tempos, as memórias e as lembranças... perguntamo-nos se foi mesmo tudo aquilo...foi?
Foi mais? Foi menos?
Foi muito, tanto, completo... perto da perfeição... e agora? Agora temos vida... diferente... num ritmo próprio e com falta de fé... Falta de fé no amor, naquele que sempre existe, mas que agora não pertence...
Trocam os tempos, as memórias e as lembranças... perguntamo-nos se foi mesmo tudo aquilo...foi?
Foi mais? Foi menos?
Foi muito, tanto, completo... perto da perfeição... e agora? Agora temos vida... diferente... num ritmo próprio e com falta de fé... Falta de fé no amor, naquele que sempre existe, mas que agora não pertence...
5.10.12
Infância
Hoje estive aqui.
Tive uma reunião perto desta casa e fiz-me à estrada para tentar encontrá-la.
É a casa da infância.
Foi nesta piscina que nadei com os meus primos e irmãos... era nesta praia que brincávamos dentro das grutas quando a maré estava cheia... os degraus deram muitas fotografias... Subimos e descemos muitas e tantas vezes para ir jantar, para ir para a praia, para ir ao café...
Corríamos para apanhar a carrinha do pão de manhã, fugimos pela janela para ver o sol nascer... faziamos autênticas apresentações teatrais ensaiadas, maquilhadas, com figurinos...
Raramente penso nesta casa. Mas é bom saber que as coisas boas que se vivem são nossas. As memórias, as emoções... o que foi e que não mais será, será sempre, porque é nosso e foi vivido por inteiro.
E eu vivi!
Subscribe to:
Posts (Atom)